23 de fevereiro de 2009

E acabei sonhando...

Sonhando que podia mais, mesmo com toda lâmina.
Querendo, mais uma vez, distinguir o que é igual. E deito, durmo, viro, volto, me descubro...
E vai-se vivendo momentos curtos de eterna euforia, saboreando o doce amargo no paladar infinito do beijo que insiste em não acabar. E como a chuva escorre na janela, vão-se as mão em meio a devaneios suprimidos da imensa vontade de estar ao lado daquele córrego, resplandecente espelho d'água, que alimenta e reflete a imagem mais bela da flor assentada ao seu lado.
Mas o que dizer do que não aconteceu. A flor tinha um espinho, lindo espinho. E estava calada as margens frias e molhadas do velho rio. Mas nao sabia ela, que lá, nas margens do belo e velho rio, corre a mais pura, e cristalina fonte de energias, capaz de restaurá-la.
E na noite de tão esplendoroso luar, um pouso suave de uma linda abelha transporta para a outra margem do rio o nectar da vida capaz de transformar-se em outra flor, tão bela e vicosa quanto.
E no meio do vôo, acordei.
Mas acordei sabendo, que mesmo em margens opostas, a flor nao está sozinha. E pode com ela mesmo, se inteirar, e um lindo botão nascer.
... E a ele que assistia a instalação de um enorme botão, que sairia dali uma aparição miraculosa, mas a flor não acabava mais de preparar-se, de preparar sua beleza no seu verde quarto. Vestia-se lentamente e ajustava uma a uma suas pétalas.
"E o principezinho então, não pode conter seu espanto: - Como tu és bonita."

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