14 de março de 2009

Sonho

E chegou mais uma vez como quem não quer nada. Sorrasteiramente, em um encontro programado veio de mansinho e arrebatou quinhentos, e eu não estava preparado para tal. Não que não seja de minha natureza, mas o preparo faz parte da evolução. E chegou outra vez ao meu lado com um carinho de irmão, um abraço apertado de um ser preparado que me sufucou de saudade.
E me olhou, revirando ao avesso, e arrebatou meu coração.
Não sabia por onde começar, e tentei por um segredo. Disse-me que não havia sensibilidade capaz de tocar-te, carinho para guardar-te, nem beijos que o afogastes. Não importa. Da tua sensibilidade saberás tirar o que precisas, do teu carinho guardarás só o amor, e com teus beijos prepararei um banquete. Quero um pouco de café (amargo), pra acordar-me, mas pra quê? Se tu sempre acordas antes, e levanta e sai.
E desce a rua como quem corre em jardins, e pula em meio as margaridas e lótus, gritando a tu mesmo e a mim dentro de ti que o sonho continua, que niguem vai ficar sozinho no meio da rua esperando que alguém dê a mão. E com o grito, acordei.
E acordei mais uma vez pensando em voce. A tua voz cantando baixinho, sentindo o cheiro de tua pele, o teu suor, a tua boca intocável, a tua vibração.
Sinto-me bem, sabendo que a noite chegará e poderei deitar-me e sonhar novamente com o desejo de outra chegada tua.
E enquanto seja maior e grandioso o que desejo, que seja feliz enquanto podemos realizá-lo, e confortável ao ponto de querer a ti, mas não só a ti. E digo aos olhos mais encantadores que mirei, que o teu sorriso me convenceu da alegria de poder ser livre e capaz de sonhar com o desejo mais profundo que me faz feliz.
E te espero, esmeramente como a noite à lua.

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