12 de abril de 2009

Passar


Sigo alguns passos. As vezes o meu, ou o dos outros. Mas sempre em uma direção, vou pra frente! Sigo algumas pessoas, porque sempre busco o que acrescentar. Os nossos passos nos mostram o porquê que estamos aqui, eles nos revelam para o quê nascemos.
Algumas pessoas nascem para sentarem à beira do rio. Algumas para serem atingidas por raios. Algumas têm ouvido para a música. Algumas são artistas. Algumas nadam. Algumas conhecem botões. Algumas conhecem Shakespeare. Algumas são mães. E algumas dançam. Mas todas chegam à vida de forma inédita, única. Com um propósito.
O quão a vida é efêmera. Passamos sempre deixando algum recado. Seja ele sutil, ou ao teu lado. Podemos até ficar como cachorros raivosos com as situações. Podemos reclamar e amaldiçoar o destino. Mas quando chega o fim, temos que aceitar. E sem dúvida, aceitá-lo como o começo de uma nova era.
O ovo quebra para dar espaço à uma nova vida. A lagarta acaba voando um dia, não mais que três, mas voa. E a tartaruga, que depois de anos, volta ao mesmo local que nasceu, com um próposito, prolongar e transcender a vida.
O dançar de um pato, o bailar das aves no céu. A marcha suave da cavalgada do potro, ou o deslizar do nado do golfinho. O sorriso fácil no rosto. O abraço apertado e gostoso. Mas nada, nada pode tirar o fim de tudo, nem o começo de todos.

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